Um imprevisto, previsível tomou conta do ambiente
de traças e beijos, abraços, enfim.
Um papel voando atravessou o quarto espantou
os olhos e calou a boca.
os dois riram, tremeram, pensaram: que venha o
infinito. Infinito medido, calculado, somado.
A bagunça esta acabando dando espaço a mais
outros mundos, os ouvidos se soltam e dançam
com a melodia trágica. Parece engraçado olhando
de fora, apavorante de dentro, porém eterno.
O pequeno papel continua a voar sobre as cabeças
pesadas de planos e sentimentos. Amor inquebrável
diamante preso na rocha. Futuro incerto entre as placas
as laminas e a fabrica cor de rosa que a vida pintou-nos
Papelzinho escondido, pensamentos diversos sentada
na cama no leito macio. Pensando, sonhando viajando
por mundos não criados. Planetas perfeitos, rasgados no
céu sem nome. Onde as veias não sangram.
Sorriso escancarado ao ver a moça de branco, o filho
nascido, a casa o jardim, enfim a vida de dois tornada
uma. Não se esqueça dos nossos pequenos amores
pulando de um lado para o outro.
Papelzinho voando sem querer me fez escrever.