domingo, 2 de março de 2014

Ciclo de Violência: Somos Nós.


 Todos os dias, acompanhamos tanto pela televisão como ao nosso redor a violência doméstica fazendo parte da nossa sociedade. Até parece algo normal, mulheres e crianças sendo espancadas, mortas ou abusadas emocionalmente. Na maioria das vezes esse quadro é legitimado por uma tradição da nossa cultura que insiste em inferiorizar a mulher elevando a figura masculina, colocando-o num pedestal de “O Homem da Casa”, e nós assistimos a isso como se nada tivéssemos com tão séria doença social.
A pobreza, a degradação de valores, a inoperância de certos mecanismos de defesa do cidadão banalizam a violência em todos os meios da sociedade. Até mesmo os próprios violentados muitas vezes não se escandalizam com a agressão a ponto de querer lutar contra o sofrimento físico e moral que vivenciam diariamente.
Nesse cenário de horror as drogas entram nas casas pela porta da frente como uma válvula de escape que tenta amenizar as contradições sociais; pais, mães e filhos consomem a droga mais comum: o álcool nas suas salas-de-estar e vivenciam com naturalidade seus efeitos devastadores e violentos.
Nos jovens estamos assistindo essa realidade bater à nossa porta, inclusive em nossas escolas, num movimento em que tudo pode e tudo é legal. Mas não é legal ver famílias aos pedaços por conta da violência brutal.

Somos estudantes, filhos e cidadãos e trazemos esse grito de vergonha para nossa sala de aula e dizemos. Basta! Somos nós!

Contribuição de Ingrid Carla Ecks
01/2014

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