Todos
os dias, acompanhamos tanto pela televisão como ao nosso redor a violência
doméstica fazendo parte da nossa sociedade. Até parece algo normal, mulheres e
crianças sendo espancadas, mortas ou abusadas emocionalmente. Na maioria das
vezes esse quadro é legitimado por uma tradição da nossa cultura que insiste em
inferiorizar a mulher elevando a figura masculina, colocando-o num pedestal de
“O Homem da Casa”, e nós assistimos a isso como se nada tivéssemos com tão
séria doença social.
A
pobreza, a degradação de valores, a inoperância de certos mecanismos de defesa
do cidadão banalizam a violência em todos os meios da sociedade. Até mesmo os
próprios violentados muitas vezes não se escandalizam com a agressão a ponto de
querer lutar contra o sofrimento físico e moral que vivenciam diariamente.
Nesse
cenário de horror as drogas entram nas casas pela porta da frente como uma
válvula de escape que tenta amenizar as contradições sociais; pais, mães e
filhos consomem a droga mais comum: o álcool nas suas salas-de-estar e vivenciam
com naturalidade seus efeitos devastadores e violentos.
Nos
jovens estamos assistindo essa realidade bater à nossa porta, inclusive em
nossas escolas, num movimento em que tudo pode e tudo é legal. Mas não é legal
ver famílias aos pedaços por conta da violência brutal.
Somos
estudantes, filhos e cidadãos e trazemos esse grito de vergonha para nossa sala
de aula e dizemos. Basta! Somos nós!
Contribuição de Ingrid Carla Ecks
01/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário